segunda-feira, 22 de maio de 2017

OS MANDATÁRIOS QUE ABRAM OS OLHOS

Por Almeida dos Santos

Todo processo eleitoral, por mais previsível que seja, reserva surpresas para eleitores e candidatos. Quando não é um “pule de dez” que fica fora do rol dos eleitos, é alguém que entra na lista provocando surpresas. Em tempos pós manifestação, imagino que nesse cenário estadual e nacional terá mais surpresas ainda. Se o quadro dos que serão candidatos ao governo do estado não está tão claro e cristalino, isso também serve para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados, em Brasília. Os “pule de dez” não são mais os mesmos, como se afirmavam anteriormente.

Os deputados, tantos os federais quanto os estaduais, já estão em campo selando alianças e criando as parcerias. E o peso das máquinas administrativas continua importante, porém nem tanto quanto no passado. Vide a quantidade de prefeitos que não conseguiram se reeleger apesar de toda a estrutura. Sim, houve a crise econômica que afetou o processo de sucessão municipal, mas esse fator não foi o preponderante para que prefeitos encontrassem dificuldades.

Vamos olhar isso no campo dos deputados. Só em dizer que é mandatário, é sedução para uns e um “Deus me livre” para o cidadão comum que não acompanha a política com assiduidade. Quando dois políticos se apresentam para este tipo de eleitor, aquele que está estreando parece levar uma pequena vantagem de não ser taxado como o culpado de tudo que acontece quanto aquele que não tem mandato.

Com base neste pensamento muitos novatos deverão surgir. Novatos que não são bem novos assim no cenário. Mas como eles só aparecem eventualmente, são sempre vistos como novos. Eles possuem o argumento de que não tiveram chances de estar no poder.

O que isso quer dizer. Quer dizer que a estratégia para chegar ao poder vai requerer um esforço diferenciado para os candidatos. No caso de mandatários, dar clareza ao posicionamento do mandato será o maior habeas corpus que pode ser utilizado. E pode não funcionar.    




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